sábado, 31 de março de 2012

CONEXÃO DE SHABAT – Tsav - Ordena




Pararashá 25º, Lv 6:8 -8:36, (Shabat haGadol); Para o dia 31 de Março;

ZOHAR VOL. 14, Tzav 72;

 A abordagem desta Parashá tem a haver com oferendas e sacrifícios oferecidos no Tabernáculo.O Zohar assim expressa: “Esta é a Torá da oferenda queimada”. Rabi Chiá disse: “Esta é a congregação de Israel, a oferenda queimada é o mau pensamento que ocorre no coração do homem, que o afasta do caminho verdadeiro. Deve ser elevada no fogo para ser queimada, para não permitir que traga acusações”.

Os pensamentos negativos são, portanto obstáculos para se atingir a plenitude da Espiritualidade. Muitas vezes determinadas pessoas se dizem até religiosas, mas carregam uma carga negativa de energia, de tudo reclamam e vivem choramingando, trazem consequências negativas para si, e para quem as escuta. Como muito jeito delas precisamos nos afastar, pois em geral são pessoas que dizem saber de tudo e não aceitam sugestões.

Quando podemos ter pensamentos negativos? Quando negligenciamos nosso contato diário com o Criador, para isso é necessário ter humildade para reconhecer que estamos em curto-circuito. Quando nos conectamos com a Luz, temos certeza de que a ajuda chegará, a redenção está próxima, como dizem alguns religiosos: “D-us é Fiel”, e é mesmo! Shalom!

Prof. Altamiro de Paiva

sexta-feira, 30 de março de 2012

SHABAT - Descansaremos nas Mãos do Criador

Por mais que a vida nos imponha desafios, e tenhamos de nos defrontar com obstáculos, nada deve nos preocupar se no timão do nosso barco, está o Criador. Basta descansarmos Nele, e esperarmos a tormenta passar. Amanhã será um novo dia, chegou o Shabat. SHABAT SHALOM!

terça-feira, 27 de março de 2012

MAS, O QUE É MESMO A TORÁH?


A Torá representa os 5 livros de Moisés ou Pentateuco. O nome vem da Língua hebraica, significando “ensinamento”. A Torá é considerada um dos conceitos centrais da Religião Judaica, a pedra angular do judaísmo, e nela encontramos a origem do povo judeu, a base de toda  sua cultura e tradição.

Inserida na Bíblia, Velho Testamento, conhecido como Tanach ou Kitvei ha-Kodesh (Escrituras Sagradas), é composta de 24 livros, divididos em três grupos: Torá (Pentateuco), Neviim (profetas), Ketuvim (Escritos).

A Torá é um relato dos acontecimentos desde o princípio do mundo até a morte de Moisés, confundindo-se entre leis e narrativas. Nela encontramos leis, histórias, profecias, hábitos, reflexões e informações. É tida como verdadeira fonte de vida e guia para formação e conhecimento da estrutura psíquica de um povo, no sentido de que instrui sua relação com D’us.

Instrumento de ligação entre o infinito e o finito e vice versa, ela é como uma semente, originando estruturas diferentes em diferentes épocas, pois é considerada um livro de inspiração Divina, profundamente religioso e humano ao mesmo tempo.

O Judaísmo considera que seu verdadeiro autor é D’us, que através de Moshe (Moisés) transmite Sua palavra à humanidade. Diz-se que Ele a consulta para criar o universo, e assim é conhecida como o “código da vida”, o padrão original, ou plano interno do mundo. STEINSALTZ[[1]], coloca que a Torá e o mundo são inseparavelmente um par. Diz-se que ela já existia antes de o mundo vir a ser, e foi dada aos patriarcas que a guardaram antes de ser efetivamente outorgada. Foi Moshe, no Monte Sinai, no ano de 2448 da Criação do Mundo (1313  a. C.), que teve a revelação de seu conteúdo, através do chamado  Espírito Santo (Ruach ha-Kodesh), uma inspiração direta de D’us, pois está escrito: “Falava D’us a Moisés face a face, como um homem qualquer fala a seu amigo”[2]. Moshe, então, teve a responsabilidade de transmitir esses conteúdos para todo o povo, juntamente com os sábios, através da chamada Tradição Oral, que é a Torá passada de “boca em boca”. Nesse evento o único documento escrito que Moshe recebe são as Tábuas dos Dez Mandamentos, que representam a  Tradição Escrita.

Ela também é conhecida como Chumash, que significa quinto, referindo-se à forma de sua composição, dividida em cinco livros: Gênesis, Bereshit – No Princípio; Exodus, Shemot – Nomes;  Levítico, Vaikra – E Chamou; Números, Ba-midbar – No Deserto; Deuteronômio, Devarim – Palavras;

Os nomes acima que derivam do grego estão relacionados com o conteúdo, enquanto as denominações hebraicas são constituídas pela primeira ou principal palavra do início de cada livro. Ex: “Bereshit…”, “No início D’us criou os Céus e a Terra…”

Seu principal conteúdo para a tradição religiosa são os 613 mandamentos, dos quais 248 são positivos (“o que farás”) e 365 são negativos (“o que não farás”). Estes preceitos ligam o povo judeu a D’us e a seu semelhante, ao real objetivo de nossas vidas no mundo material e nossa conexão permanente com o mundo espiritual, onde um não se desvincula do outro. Os preceitos e mandamentos cobrem todas as fases da vida judaica, todas as atitudes para com o próximo e a maneira de reverenciar D’us, para atingir os mais altos padrões morais.

PS: Texto originário da Escola de Kabbalah

segunda-feira, 26 de março de 2012

SINTONIA SEMANAL – Nada é por Acaso


 



Os kabalistas ensinam que nada é por acaso. Podemos não enxergar isso por causa da nossa perspectiva limitada, mas podem ter certeza: para tudo existe uma razão.

Recentemente estive em Honduras e me encontrei com três pessoas: o ex-presidente de Honduras - Manuel Zelaya, o Presidente atual de Honduras - Porfirio Lobo e o General Romeo Vasquez Velasquez. Foi interessante estar na mesma sala com três homens que claramente partilham um pedaço do destino daquele país.

Lembrei que existe uma história sobre o grande Rabi Israel ben Eliezer, também conhecido como o Baal ShemTov. Um aluno do Baal ShemTov foi até ele e disse: “A vida é tão fortuita! Não existe justiça verdadeira no mundo!” O Baal ShemTov pediu ao seu aluno que fosse até o parque; lá ele veria o oposto disso, que a vida certamente não é casual.

O aluno fez que foi sugerido pelo seu mestre, e no parque viu um homem chegar com uma sacola grande de dinheiro. Distraído por alguma coisa que acontecia mais adiante, o homem colocou sua sacola de dinheiro perto de uma árvore e foi ver o que estava acontecendo. Nesse intervalo, uma segunda pessoa apareceu, achou a sacola, olhou o que ela continha e levou a fortuna! Pouco depois, um terceiro homem chegou ao parque e decidiu sentar-se perto da árvore para descansar. Quando o primeiro homem retornou, viu que a sacola com o dinheiro tinha sido levada, e que havia sido roubada pelo homem que ali estava sentado, começou a espancá-lo!

Retornando ao Baal ShemTov, o aluno exclamou: “A vida é casual! Vi um homem perder todo o seu dinheiro. Vi um segundo homem ganhar uma imensa fortuna sem motivo. E vi um terceiro homem apanhar sem motivo”.
O Baal ShemTov explicou: “Você não possuía toda as informações. Há muito tempo, o primeiro homem que você viu roubou do segundo homem. Foi por isso que agora ele teve que perder sua fortuna para ele. O terceiro homem foi o juiz do julgamento dos dois primeiros e,de forma ilegal, aceitou um suborno para que o primeiro homem pudesse manter o que havia roubado”.

Os homens no parque partilhavam uma história sobre dinheiro; os homens que encontrei em Honduras partilhavam uma história sobre poder.

Cada situação na vida é uma história compartilhada do destino se desenrolando. Esse é um ensinamento importante de lembrar: mesmo que as coisas aparentem ser triviais ou sem significado, existe sempre uma dança cósmica acontecendo. Isso torna cada circunstância importante, relevante e verídica. É nosso trabalho desvendar o mistério e reforçar nosso propósito. Para mim, sinto que estive em Honduras para poder compartilhar essa experiência com vocês!

…Nada é por acaso.

Tudo de bom,

Yehuda Berg, do Kabbalah Centre Brasil

sábado, 24 de março de 2012

CONEXÃO DE SHABAT – VAYICRÁ - E Ele chamou



Pararashá 24º, Lv1:1-6:7, Is 66:1, 23; Para o dia 24 de Março;

ZOHAR VOL. 14



Esta Parashá trata do estabelecimento de sacrifícios de animais como parte do ritual no santuário e posteriormente no Templo para o nosso povo de Israel. Devemos entender que se o sentido de tal estabelecimento fosse apenas histórico, praticamente nada significaria para o mundo de hoje, quando leis protegem todo o ecossistema.

O sentido oculto revelado pela Kabbalah, é algo que é profundamente importante para a conexão com o Criador. O Rav. Aslag nos fala de duas categorias de interação com o Criador, uma como:

1- Ocultamento da Face do Criador (HESTER PANINE); e a outra,

2-Revelação da face do Criador (GILUI PANINE).

Na primeira, era como se um amigo seu viesse de costas em sua direção, e você não o reconhecesse. A segunda é seu amigo vindo de frente e você o conhecendo. Neste caso há alegria, bondade e plenitude.

O Rav Aslag diz, que o trabalho espiritual importante é aquele em que nós estamos sem a luz do Criador, em instantes de dificuldades, de tristeza e desilusão. Por que entendemos que tal estado gerará uma grande luz, pois nos conectamos com o eterno, mesmo sem vermos a sua face, este é o sentido dos sacrifícios. Shalom!

Prof. Altamiro de Paiva

LUA NOVA DE NISSAN – ARIES - 5772


Marte
                         Aries

                             Hei                                     Dalet




“Soprai o Shofar na Lua Nova, no tempo fixado como dia da nossa festa. (Tehilim (Salmos) 81:4, Biblia Judaica).



A partir de 24 de Março inicia-se o mês de Nissan , no calendário Cabalístico Judaico. No Zodiaco o signo é o de Aries e o Planeta é Marte, e a tribo de Yehuda, letras Hei e Dalet, e a festa bíblica conhecida como Pêssach, Páscoa. Durante a refeição de Pêssach, empregamos nosso poder da fala para seu propósito mais elevado: comunicarmos a nossos filhos (e à criança que existe dentro de nós) a experiência da miraculosa presença de D'us em nossa vida e nossa história. A tribo deste mês é Yehudá, o líder real, do qual descendem os monarcas judeus. O sacrifício de Pêssach no Templo foi um cordeiro, o que reflete o signo de Áries.

A letra Dalet está associada ao regente de Áries, Marte, planeta da luta, e representa o desejo de receber. Algumas religiões condenam o desejo de receber, contudo para a Kabbalah não funciona desta maneira, pois você não pode dar o que não tem. Primeiro é necessário abrir espaço para receber, para então, tendo alguma coisa possa dividir, compartilhar.

A letra Hei é associada a Áries. Relacionada ao pensamento e a comunicação através da consciência. A meditação nestas letras ajuda a conter nossa reatividade, ampliando também nossa capacidade de iniciar novos empreendimentos. Necessitamos, portanto neste período pascal nos libertar de todo fermento, Kiplots, cascas, manifestações de egoísmos, que em nossa alma interfere no recebimento da Luz, e assim sermos úteis ao próximo e a humanidade. Shalom!

Prof. Altamiro de Paiva

segunda-feira, 19 de março de 2012

MAS, O QUE É MESMO KABBALAH?




Há milhares de anos existe uma Sabedoria que explica os grandes mistérios do universo. Que responde às nossas perguntas mais profundas, tais como: Quém somos nós? Por que nascemos e morremos? Qual o propósito de nossa existencia? Esta sabedoria revela um sistema para vivermos de maneira muito mais plena vivendo de acordo com a Toráh, e com muito menos insatisfação, tendo ficado oculta por milhares de anos, porém neste momento histórico revelada.
A Kabbalah não é uma religião. A Kabbalah não é uma filosofia ou uma doutrina. A Kabbalah é um modo de vida: é uma respiração, um caminho vivo e vibrante para a perfeição do ser humano e a transformação do mundo. Por perfeição pode-se entender como a felicidade completa, livre de preocupações, medo, ansiedade, raiva e todas as outras emoções negativas que se colocam entre nós e a plenitude.
A Kabbalah não é restrita a nenhum sistema de crenças específico ou de . É universal. Da mesma forma que a lei universal da gravidade mantém os muçulmanos, judeus, cristãos e ateus firmes na Terra, o caminho universal da Kabbalah eleva muçulmanos, budistas, cristãos e todas as pessoas para níveis mais elevados de plenitude, sabedoria e felicidade autêntica, tudo fundamentado na Torá e na tradição Judaica, e sob as Bênçãos do Criador. JUNTE-SE A NÓS!
Prof. Altamiro de Paiva

sábado, 17 de março de 2012

CONEXÃO DE SHABAT – Vaiak’hêl - E ajuntou

Parashá Mística Nº 22 - Shemot (Ex. 35:1-38:20), para 17 de Março de 2012.

ZOHAR VOL. 12

Esta Parashá tece considerações gerais sobre a construção do Tabernáculo, e junta com a Pecudê, outra Parashá, sobre a prestação de contas. Um dia santo para que o Criador pudesse se comunicar com o seu povo, com a manifestação da sua Shekinah, da sua glória, e uma observação engrandecedora sobre o Shabat.

O santuário deveria ser feito com toda intensidade todos os dias exceto no Shabat. Isto implica em se afirmar o grau de importância do Shabat, não apenas como descanso da criação, mas como um dia para ser lembrado, pois no Egito, na escravidão, não havia pausa para o trabalho, não havia liberdade.
O Shabat sempre foi uma referencia importante para o nosso povo, e significa liberdade, para cultuarmos aquele que com mão forte e poderosa, através de Moshê, nos libertou do cativeiro do Egito. Em Pecudê a Parashá anexa, todos os critérios de como arrecadar fundos e apresentar relatórios foram ensinados.
Por fim devemos nos lembrar de que mesmo na dispersão quando um judeu lembra-se do Shabat, está lembrando Sião, a sua terra. Naturalmente que outras religiões cultuam o seu Deus em dias diferentes, porém nós povo de Israel, cultuamos o D-us de Avrahan, Isak, e Yaacov, ao Criador, que ao terminar a Criação, nos deu o SHABAT.
Prof. Altamiro de Paiva

quarta-feira, 14 de março de 2012

SINTONIA SEMANAL - Nenhum de nós é 100% verdadeiro, 100% do tempo


O ego exige admiração e respeito, e assim, buscamos parecer “aquele cara legal”. Quando sentimos muita preguiça de trabalhar no fim de semana, usamos as pessoas que amamos como desculpa e justificamos: “A família vem em primeiro lugar!”, quando sabemos que podíamos muito bem ter encontrado algum tempo entre a televisão e a internet. Quando ajudamos em algum projeto voluntário, logo queremos contar para os amigos, mas quando gritamos com algum colega de trabalho ou magoamos alguém próximo a nós, é pouco provável que coloquemos esses atos na atualização do nosso Facebook.

Isso acontece até mesmo com as pessoas mais espirituais! Talvez nosso desejo seja ter mais pessoas inspiradas a trilhar esse caminho e então fingimos ser seres humanos perfeitos; queremos que as pessoas pensem que não temos ego e que nas nossas vidas não existem conflitos. Mas enquanto isso pode despertar algumas pessoas para o estudo, imagine o que elas pensariam da Kabbalah quando descobrissem que você ainda possui ego, ou que você ainda possui desafios a superar. No final, a verdade sempre aparece.

Esse é um bom motivo pelo qual muitos de nós fracassamos no trabalho espiritual. Tentamos demonstrar como somos bondosos por fora, mas por dentro não somos realmente o que aparentamos.

Desenvolver a Luz interior é um processo de transformação da negatividade encerrada em nós que ninguém vê. O importante é não mentir – para os outros ou para nós mesmos – na tentativa de encobrir essa negatividade. Em pouco tempo, acreditaremos na mentira e lá se vai o nosso trabalho espiritual por água abaixo.

Vivemos em uma cultura que glorifica a autopromoção, mas tentar parecer “melhor” do que somos na verdade nunca nos trará plenitude genuína. Isso só vem quando aprendemos a “encolher” nosso ego para que possamos encontrar a aceitação e a verdade. Aceitar-nos a nós mesmos conduz à aceitação dos outros. Expor nossa negatividade para os outros é expô-la para a Luz.

A tarefa dessa semana é: Seja Verdadeiro! Derrube algumas das paredes que você construiu, retire as máscaras e não tenha medo de abraçar a si próprio como um ser humano falho. Todos nós somos!

Somente encarando a verdade sobre a nossa negatividade é que podemos começar qualquer trabalho honesto para removê-la.Tudo de bom,
Yehuda Berg - Kabbalah Centre Brasil

sábado, 10 de março de 2012

CONEXÃO DE SHABAT – Kitisá - Então levarás


Parashá Mística Nº 21 – SHEMÔT, Ex. 30:11-34:35, 1Re. 18:1-39, para 10 de Março de 2012.

ZOHAR VOL. 12 – Cap. 17

O cenário desta Parashá é o monte Sinai, quando da confecção das tábuas para serem entregues a Moisés. Um fato curioso é que o Criador suscitou a Moshé a descer depressa, pois o povo tinha se corrompido e estavam a adorar um bezerro de ouro, tendo o Libertador obedecido ao Eterno.

A Tradição Judaica e principalmente a narrativa do Zohar, mostra os instantes finais do incidente. Diz, que nas ultimas seis horas finais da entrega das tábuas, Moshé lutou com D-us, que segurava uma das pedras enquanto Moisés segurava a outra, e com firmeza as tomou para seu povo.

Por pouco um novo povo surgiria do DNA do libertador, mas Moshé recusou a honra e ficou com o povo, pedindo o seu perdão. O Criador refez a história e apesar da punição a parte do povo que desobedeceu, preservou a sua promessa feita a Avrahan, que faria deles uma grande nação, e lhes daria uma terra por herança, Israel.

Para completar a sua aliança, o Criador revelou-se com mais intensidade a Moshé, com a glória da sua Shekináh, passando diante de Moisés que se protegia nas fendas do penhasco, para não morrer. Por fim contemplou por trás a Luz Circundante que passava, e seu coração entendeu que ali estava o Criador. Podemos falhar, mas recomeçar é o desejo de D-us para nós. Shalom!

Prof. Altamiro de Paiva

sexta-feira, 9 de março de 2012

SHABAT SHALOM! A Alegria de um Descanso

Esta sexta feira em nossa cidade do Sol, Natal, foi de uma tarde chuvosa, de céu acizentado, com uma leve chuva que permeiou quase o dia todo. No por do Sol contudo, como numa dspedida do astro rei, entre nuvens, uma pequena fresta se fazia brilhar, como saudando a chegada de um descanso tão almejado, o Shabat. Meu coração alegrou-se, e lembrei-me do Criador. SHABAT SHALOM!

quarta-feira, 7 de março de 2012

A FESTA DE PURIM – O LIVRAMENTO DE YISRAEL


 *Altamiro de Paiva



         A festa de Purim ocorrerá no dia 07 de Março deste ano de 2012 onde estiver judeus, desde Yerushalaim, Jerusalém, mas também em toda a diáspora, nos judeus espalhados no mundo. Os acontecimentos estão relatados no livro de Ester, quando uma trama organizada pelo ministro do rei Assuerus, Haman, planejou a destruição de todos os judeus que estavam como prisioneiros na Pérsia.

         Ester já tinha se tornado esposa do rei, quando através do seu tio um homem piedoso e temente a D-us, tomou conhecimento do que ocorreria. Mulher corajosa, Ester conclamou um jejum de três dias, e a página de morte transformou-se em vida. O rei Assuerus não podia revogar o decreto para a morte dos judeus, mas diante do apelo da rainha, permitiu-lhes se defenderem.

         Os judeus lutaram e venceram porque o Eterno estava com eles. Haman e toda a sua família foram mortos e o D-us de Yisrael foi glorificado. MESMO NÃO EXISTINDO UMA SÓ VÊZ NO LIVRO DE Ester, a palavra D-us, Ele estava lá, ouvindo o gemido do seu povo. Hoje, novamente o presidente do Irã, antiga Pérsia, defende a extinção do povo Judeu, e do Estado de Yisrael, não precisamos temer a luta dele e com Adonai, o D-us de Yisrael.

         Como judeus Kabalistas nessa noite nos associamos a esse acontecimento, conversaremos com a nossa família sobre o evento, podemos cantar OSSÊ SHALOM BIROMAV e podemos dançar ao som de AVAH NAGUILA AVAHA. Após a bênção de Aharon podemos saborear uma boa pizza com a família e amigos, é um dia de muita festa e grande baile de alegria.

         Para a Kabbalah o fato também se relaciona com a manifestação do EGO, sob a custódia de Amalek, a inclinação para o mal, que permeia os nossos corações. Ao resistirmos o conflito interior reconhecendo a importância do Criador, somos por fim vitoriosos na batalha da mente, e somos reconhecidos pelo Rei, o Eterno, como um povo cuja perseverança e amor ao próximo podem prover a sua redenção.



*Diretor do : B’Nei Noach – Centro de Estudos de Kabbalah

sábado, 3 de março de 2012

CONEXÃO DE SHABAT – Tetzaveh - Ordenou

Parashá Mística Nº 20 – SHEMÔT, Ex. 27:20-30:10, (Shabat Zachor), para 03 de Março de 2012.

ZOHAR VOL. 12 – Cap. 17:141 e142 - Tetzaveh

Na porção de Tetzaveh a Torá relata como o Criador ordenou a Moshé, Moisés como deveria ser feita a confecção das vestes do sacerdócio, que deveria oficiar no tabernáculo. Os cuidados minuciosos demonstram como o Eterno deseja ser o seu santuário, isso nos leva a pensar no interior da nossa alma, como estamos cuidando.
Destaca-se nesse mês de Adar a figura de Moshé Rabenu, o grande mestre, a sua postura diante dos incidentes durante a saída do Egito. Quando o curto-circuito ocorreu aos pés do Sinai, e o nosso povo adorou o bezerro de ouro, além das consequências ocorridas, o Criador desejou destruir a todos e de Moisés formar um povo.
Não bastou para que Moisés Confrontasse o Criador: “Perdoa os pecados deste povo, ou tira o meu nome do Livro”. Que posição! O Criador não fez outro povo. O interessante nesta Parashá é que o nome de Moisés não é citado, argumentando-se a tradição de que mesmo não tendo sido retirado o nome de Moshé do Livro, na presente, tal nome foi apagado.
A Atitude de Moshé revelou uma posição de suma importância perante o seu D-us. Ele não desejou ser um povo, mas o povo, revelando alto grau de HUMILDADE. É esta atitude que devemos nos esforçar para praticar, e isso se revelam nos nossos desejos quando pretendemos tê-los apenas para nós, precisamos compartilhar. Shalom!
Prof. Altamiro de Paiva

quinta-feira, 1 de março de 2012

HILULÁ DE MOSHÊ RABENU


 No dia 29 de fevereiro Judeus Kabbalistas comemoraram o dia do falecimento de Moshê Rabenu, de Moisés o grande mestre, por isso chama de Hilulá. Todos ligados nas Escrituras Antigas conhecem a vida e os acontecidos que envolveram o grande libertador de Israel, o grande Heloim, que com mão poderosa procedeu a redenção de um povo que vivia na escravidão do Egito.

O fato de ter recebido as dez palavras ou as dez emanações nos faz lembrar a epopeia do recebimento dessas tábuas, que na realidade representava a arvore da vida, cuja imortalidade seria entregue ao povo Hebreu, se não tivesse acontecido o curto-circuito da idolatria do bezerro de ouro. Por pouco um novo povo se originaria de Moisés, se não fosse a determinação do grande líder, que propôs ao Criador o perdão desse povo, ou retirar seu nome do livro da vida.

Mas o que representa a Toráh, na simbologia da Kabbaláh? Primeiro, A Toráh é uma tecnologia que nos liga ao plano espiritual. É a arvore da vida que permite a união do plano físico com a espiritualidade, caracterizada em Moshê, o canal utilizado para irradiar essa energia redentora, para revelar o mundo dos 99%, os qual está fora dos nossos sentidos.

A segunda coisa é como proceder para o Criador ver em mim o meu nível de entrega da alma. O que a Luz Circundante espera de mim nessa fisicalidade, quando tenho a oportunidade de exercer o meu amor ao meu próximo, exercendo o desejo de receber não somente para mim mesmo, mas com a intenção de compartilhar, isso é desenvolvimento de nível da espiritualidade.

A terceira coisa, é ir além desse plano físico, elevar-se a tal ponto de atingir a equivalência de forma e tornar-se como o Criador, no sentido de ser não apenas um receptor, mas também um doador. Para o Zohar Moisés não morreu, apenas elevou-se se tornando um com o Criador, codificado com a linguagem de que morreu para os que estavam no plano físico, em Malchuto, pudessem entender.

E por fim a consciência messiânica, que deverá ser atingida, não apenas pela presença do Mashiach, alguém que lidere as forças espirituais deste mundo e proceda a redenção final, mas com o final das correções da Alma desde Adam Harishon. Um dia amanheceremos sem a dor, a enfermidade, o sofrimento e a morte, e por fim a chegada da Era messiânica com a revelação da completa imortalidade, tão almejada por todos. Shalom!

Prof. Altamiro de Paiva